Você já deve ter notado que cada vez mais clientes chegam com dúvidas sobre aposentadoria.
O Planejamento Previdenciário deixou de ser um diferencial e virou uma demanda real no dia a dia do advogado.
Pensando nisso, o CJ criou uma funcionalidade específica pra te ajudar a montar planejamentos completos, com mais agilidade e segurança.
Tudo direto pela plataforma — de um jeito simples, intuitivo e com aquele rigor técnico que você já conhece. 😉
Então, neste artigo, você vai ver como usar o Planejamento Previdenciário do CJ na prática.
Considerações iniciais
Nesse cálculo, a simulação de cenários no futuro está ainda mais rápida. Ela aparece para cálculos com DIB a partir de 13/11/2019 (para considerar as Regras da Reforma da Previdência).
Ainda que o seu foco seja analisar rapidamente apenas quando os requisitos vão ser preenchidos, seu cliente vai continuar contribuindo em regra, certo?
Então, nessa funcionalidade, você pode analisar cenários no futuro e ao mesmo tempo simular RMIs futuras para diferentes espécies de benefício.
Será possível definir a melhor estratégia de contribuição entre essas três opções:
Salário Mínimo
Valor fixo
Teto do INSS
Agora, vou te mostrar como fazer isso no cálculo!
1. Como realizar as configurações iniciais cálculo
Comece seu planejamento com o cenário atual da vida contributiva do seu cliente.
Pra isso inicie e realize as configurações iniciais do cálculo de Concessão / Planejamento Previdenciário. Importe o CNIS ou adicione os Períodos e Salários de Contribuição, conforme o caso concreto.
(Obs. Para obter o cenário atual da vida contributiva, recomenda-se inserir a data que você está realizando o cálculo, como a DIB nas configurações iniciais)
Após o preenchimento inicial, você irá obter os resultados relacionados aos Requisitos por Espécie (Carência, Idade, Tempo de Contribuição e Pontos) e à RMI simulada com os Requisitos e Salários de Contribuição atuais.
Essas informações constarão na aba Espécies de Benefícios:
Acompanhe esse exemplo:
Após inserir os períodos de contribuição e os salários de contribuição do meu cliente, cheguei a este resultado, que indica que ele ainda não preencheu todos os requisitos necessários.
O sistema apurou que o meu cliente possui direito à aposentadoria mais próxima em 16/05/2035:
Este é o cálculo preciso do cenário atual do cliente!
Logo, se o seu cliente não completou os requisitos em nenhuma espécie de aposentadoria, como o meu, fique de olho na “Data Prevista para Aposentadoria”, circuladas acima, porque vão ser o parâmetro para o seu Planejamento Previdenciário.
Ainda no exemplo, a data prevista para a espécie de Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Regra de Transição #4: Pedágio 100% + Idade Mínima) é no dia 16/05/2035.
(Lembre-se que esta data prevista é uma estimativa!)
O próximo passo é configurar a aba Planejamento Previdenciário.
2. Como realizar o Planejamento Previdenciário
No menu lateral do cálculo, basta clicar na aba de outras análises: Planejamento Previdenciário.
Ah, não pule a etapa anterior, certo? 👍
É muito importante para esse ponto que você preencha as etapas anteriores direitinho (incluir Períodos e Salários no cálculo). E se as etapas anteriores não estiverem preenchidas, a seguinte mensagem aparecerá:
"Preencha os períodos e salários de contribuição para avançar nas suas análises"
Com o preenchimento dos salários e períodos, a tela que aparecerá na sequência será pra INSERIR DADOS DA SIMULAÇÃO do Planejamento Previdenciário:
Após clicar em “inserir dados da simulação”, será exibida a janela para que você insira as configurações do seu planejamento previdenciário.
Depois, é só configurar os dados do seu planejamento previdenciário.
Preenchendo os campos do novo planejamento previdenciário:
Primeiro, você selecionará o benefício para o qual deseja fazer o planejamento.
Lembra lá do meu exemplo?
O sistema me informou que a data prevista para a espécie de Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Regra de Transição #4: Pedágio 100% + Idade Mínima) é no dia 16/05/2035.
Como é a regra era a mais próxima de completar os requisitos, logo, farei o planejamento pra essa espécie:
Na mesma janela, você continuará editando os demais campos, conforme o caso concreto, como:
Tipo do período de contribuição futuro (*): onde, você selecionará o tipo das contribuições futuras que pretende utilizar em seu cálculo (atividade normal, especial 25, 20 ou 15). Lembre-se que a partir de 13/11/2019 não é possível converter Tempo Especial em Comum.
Valor do salário de contribuição (*): adicione o valor sobre o qual seu cliente vai contribuir para o INSS no futuro. Esse será o valor fixo “projetado”, sobre o qual seu cliente continuará contribuindo até a data futura.
O CJ já projeta contribuições no Salário Mínimo e no Teto usando os valores vigentes na data do cálculo.
Percentual pago de contribuição previdenciária (*): Adicione a alíquota de contribuição conforme a categoria do segurado. Se você fizer planejamento para segurado empregado ou servidor público, adicione a alíquota efetiva. Clique aqui para acessar a Calculadora de Contribuição Previdenciária e Alíquota Efetiva INSS.
Ah, não esqueça que se você escolher alíquotas reduzidas para o contribuinte individual, o segurado perde o direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição!
(Obs. Os campos com asteriscos (*) são de preenchimento obrigatório)
Preencher contribuições apenas a cada N meses, para manter a qualidade de segurado: Caso deseje uitlizar, o valor que você preencher, vai definir quantos meses vão se passar entre cada contribuição.
Ela vai permitir que o cliente configure para ter apenas 1 mês de contribuição a cada 6 meses, por exemplo, para manter a qualidade de segurado e não gastar muito com a contribuição, que não aumentaria significativamente a RMI.
Para cada tipo de segurado, avalie o tempo necessário para manter a qualidade de segurado. Veja este link para saber mais.
Seguindo com o preenchimento, por padrão o sistema já seleciona as seguintes opções:
Considerar desconto simplificado no IRPF a partir de 05/2023
Incluir outras rendas para o cálculo do Imposto de Renda (IR) na simulação?Quanto maior o Salário de Contribuição, maior o IR pago sobre esse valor.
Para que a sua simulação fique mais precisa, o CJ inclui automaticamente esse valor de IR na conta do "valor investido".
Selecionando essa opção, você poderá adicionar outras rendas que impactam o cálculo da alíquota do IR. Assim você consegue uma simulação mais próxima da realidade.
Outras rendas tributáveis declaradas (*): Valor de outras rendas taxáveis que o seu cliente recebe e vai declarar. Esta informação é usada para calcular a alteração do Imposto de Renda do seu cliente.
O cliente já é portador de alguma doença grave ou sofreu acidente de trabalho, conforme a Lei 7.713/1988? Considere essa opção na simulação caso o cliente já seja portador de alguma doença grave prevista no rol da Lei 7.713/1988, na data do cálculo. Essa isenção só tem efeitos para o valor da RMI projetada.
DIBS para analisar:
Elas serão as datas que você deseja planejar, uma vez que, no cálculo de concessão/planejamento, essa data será a partir da Data Prevista para Aposentadoria.
O programa já insere internamente um Período de Contribuição simulado desde a “DIB Original” do cálculo até a “DIB Futura” escolhida para análise.
Normalmente, o sistema já insere as DIBs previstas pra cumprimento das regras apresentadas nas espécies de benefício. Aqui é importante que você verifique quais datas pretende analisar.
Você pode excluir a data ou inserir uma DIB que deseja:
Depois de adicionar as DIBs futuras que você pretende utilizar (nosso sistema permite o cadastramento de até 5 DIBs futuras), basta clicar em “salvar”.
Feito isso, seu planejamento estará prontinho! 👍
3. Entendendo os resultados do planejamento previdenciário
Nesta etapa, você verá quais serão os valores de RMI expectada e demais informações importantes pro seu cliente caso ele se aposente na data projetada, de acordo com as futuras contribuições.
O sistema vai apresentar 3 cenários: Salário Mínimo, Valor Fixo (inserido por você) e Teto do INSS.
Acompanhe meu exemplo abaixo.
Destaquei a RMI expectada do meu cliente nos 3 cenários que mencionei:
- Se ele continuar contribuindo sobre 1 salário-mínimo até 16/05/2035;
- Se ele contribuir sobre o salário mensal de R$ 5.000,00 até 16/05/2035;
- Se ele contribuir sobre o teto do INSS até 16/05/2035.
Além dos valores da RMI expectada o sistema apresenta:
Valor (bruto) da RMI expectada
Valor da contribuição
Investimento Projetado (INSS e IRPF)
Valor total pago ao INSS até a DIB
IR adicional
Retorno do investimento em meses (payback)
Data e idade estimadas no payback
Ganho total estimado (GTE)
ROI Previdenciário
Muito bom, né?
DICA DO ESPECIALISTA 💡
Clique nos ícones de informação de cada campo do cálculo, neles contém detalhes valiosos de cada funcionalidade.
Mas isso não é tudo!
O grande diferencial do CJ são os exclusivos cálculos de Imposto de Renda (IR) e do Retorno do Investimento (ROI)!
No relatório, você encontrará essas informações:
Imposto de Renda
Quanto de IR a mais seu cliente irá pagar até a DIB, de acordo com o salário de contribuição. Afinal, a renda sobre a qual incide a contribuição previdenciária atual do seu cliente pode ter incidência de Imposto de Renda, certo?
Tenha em mente que se você aumentar o valor da contribuição previdenciária, isso significa declarar ao Fisco que o seu cliente recebe um pagamento maior do que o recebido hoje. Afinal, a remuneração das atividades é a base de cálculo da contribuição ao INSS!
Logo, o aumento do valor dessa contribuição vai causar um impacto imediato no Imposto de Renda do cliente, criando um valor que vamos chamar “IR Adicional”.
Então, hoje seu cliente pode:
Estar na faixa de isenção (“IR Atual”) e passar para a alíquota de 15% (“IR no Futuro”)
Recolher a alíquota de 7,5% (“IR Atual”) e passar para a alíquota 22,5% (“IR no Futuro”)
O CJ calcula o “IR Adicional” usando a diferença entre esse “IR no Futuro” e o “IR Atual”, valor que ele já pagaria com as rendas atualmente tributáveis.
⚠️ Importante: sempre que o valor do salário de contribuição estiver acima do limite de isenção, o CJ vai aplicar no total investido o valor do IR, já que este é um imposto obrigatório
Ou seja, nesses casos, mesmo se a opção de “Incluir o imposto de renda” na simulação não estiver selecionada no seu cálculo, o programa vai considerar em total investido tudo que seu cliente teria que pagar de forma obrigatória.
Portanto, o programa já irá considerar no total investido o valor de % do salário de contribuição + % de IR (de acordo com a faixa da Receita Federal) mês a mês.
O Imposto de Renda calculado no Planejamento Previdenciário utiliza como base o valor da remuneração tributável mensal. Variações de renda durante o ano e montante total anual podem interferir na alíquota de recolhimento do IR e não estão previstas no cálculo.
Total Investido e Retorno do Investimento
No planejamento o valor das contribuições futuras é visto como um investimento. Então o CJ calcula o valor que o seu cliente vai investir:
Total de contribuições (INSS) que seu cliente vai gastar em cada projeção de Salários de Contribuição
Valor de IR (“IR Adicional”), considerando o valor do Salário de Contribuição e rendas inseridas no campo “Outras rendas tributáveis declaradas”
Essa diferença no valor do imposto de renda que chamamos de “IR Adicional”. O CJ vai mostrar em quanto tempo seu cliente irá recuperar o total investido de INSS e IR, considerando os valores que serão recebidos de RMI a partir de cada DIB Futura.
Essa informação será exibida em meses no campo “Data e idade estimadas no retorno do investimento”.
Observação: o ROI representa a diferença entre o valor que o segurado precisa investir para obter determinada aposentadoria e o que receberá depois de aposentado, considerando a sua expectativa de vida.
Um ponto muito importante de lembrar é que nessa aba a plataforma considera o valor da RMI com o imposto de renda incluso para fins de projeção do ROI.
Ah, e pra exportar os relatórios do Planejamento, é bem simples. Basta clicar em "exportar resumo" no botão no canto superior direito do cálculo:
Antes de encerrar, você sabia que dá pra calcular a melhor RMI também?
4. Descartes de salários (Melhor RMI)
A aba Planejamento Previdenciário é a forma padrão de realizar o planejamento no cálculo de concessão do CJ, e agora você consegue realizar o descartes de salários para encontrar a melhor RMI.
Essa opção somente estará disponível no cálculo quando a soma dos dados inseridos na aba de períodos e salários com a simulação do planejamento possibilitarem que os menores salários sejam descartados.
Depois de inserir os dados para a simulação, conforme o passo a passo do cálculo de planejamento, o resultado estará disponível e opção de "Descartar salários (Melhor RMI)", aparecerá na parte inferior da tabela:
Depois, basta clicar na opção que o CJ apresentará o resultado do planejamento com os descartes de salários:
Para mais detalhes sobre os descartes, veja: Como realizar o planejamento com os descartes na aba padrão do Planejamento Previdenciário.
Se você chegou até aqui, já sabe como aproveitar o Planejamento Previdenciário pra potencializar os lucros do seu escritório e sair na frente com essa ferramenta em mãos, calculando todas essas variáveis em poucos passos! 😃
Se tiver dúvidas, consulte o sumário de Perguntas Frequentes do Cálculo de Planejamento.
E não deixe de verificar o checklist de todos os pontos importantes, e ter mais segurança na hora de Conferir o seu cálculo.
Além disso, o CJ tem vários conteúdos que podem te ajudar, inclusive um curso exclusivo para assinantes. 😊
É só clicar nos links abaixo:
Conte com a gente pro que precisar!
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